“Candidatura de Tóquio aos Jogos-2016 ganha trunfo” e “Estádio Ninho de Pássaro vive dias de esquecimento”. Assim, uma atrás da outra, o caderno de Esportes da Folha de S. Paulo de sábado (10) trás duas matérias que fazem pensar sobre a real validade da candidatura do Rio de Janeiro a sede das Olimpíadas de 2016.

O trunfo da capital japonesa é que as praças esportivas do projeto foram aprovadas por todas as federações internacionais de modalidades que fazem parte do atual programa olímpico. As candidatas a sediar os jogos de 2016 (além de Rio e Tóquio, Chicago e Madrid) devem fazer uma apresentação final ao Comitê Olímpico Internacional (COI) no dia 12 de fevereiro. Pelo visto, Tóquio já está com o projeto pronto; e o Rio?

Os que defendem a cidade carioca dizem que as Olimpíadas trariam lucros enormes e deixariam ganhos estruturais. O caso do Ninho de Pássaro é exemplar: hoje em dia, vive de visitas turísticas e o próximo grande evento só está agendado para 8 de agosto.

Isso sem falar nos ganhos que o Pan-07 trouxe ao Rio: um saldo de superfaturamentos e irregularidades apontados em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). Pelas últimas contas do tribunal, os gastos ficaram em R$ 3,6 bilhões, 500% a mais do que o estimado na candidatura.