Dar a volta por cima. Se para muitos este é um só velho ditado a ser cumprido, para Fabiana Murer, de 27 anos, é algo que tem que ser levado ao pé da letra. Depois da confusão de Pequim, na quarta-feira ela conseguiu novamente um bom resultado e igualou o seu recorde sul-americano, atingindo 4,73 metros.
Esperança real de medalha para o Brasil nas Olimpíadas de 2008, Fabiana foi traída pelos nervos no dia da final do salto com vara, quando a organização da prova perdeu o equipamento da atleta brasileira. Tendo que saltar com uma vara emprestada e visivelmente transtornada, ela queimou seus saltos e foi eliminada.
Na época, muitos contavam com a medalha de Fabiana porque seu treinamento, ao lado da campeã e recordista da categoria, a russa Yelena Isinbayeva, foi muito puxado e os resultados no ano foram promissores.
Não é difícil entender o aspecto emocional de um atleta se algo dá errado nos Jogos Olímpicos. Aconteceu com Diego Hypólito também. E outros. Na hora H, o que era para ser igualzinho aos treinos sofre um revés do destino e pronto, vai tudo por água abaixo.
Como diria Gonzaguinha, “guerreiros são meninos, no fundo do peito”. E as lágrimas de quem passa por situações como essas normalmente os tornam ainda mais resistentes.
Palmas para Fabiana Murer. Fique tranqüila, menina. Muitos saltos ainda virão, recordes também. Acredite!
Publicado por helio em Atletismo, Esportes Olímpicos, Notícias Esportivas em 6 fevereiro , 2009
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