Primeiro, o fechamento do CT em Curitiba. Depois, a dissolução da seleção permanente e a saída do técnico Oleg Ostapenko, grande responsável pelo crescimento da ginástica brasileira.

Em 2009, tudo recomeça do zero para uma seleção que já tem Jade Barbosa, Daniela Hypólito e Daiane dos Santos quase fora de combate. E com Irina Ilyashenko, ex-auxiliar de Oleg, como a nova técnica da seleção.

A decisão, divulgada no fim da tarde da última quinta-feira, parece não ter surpreendido as ginastas brasileiras, já que a nova comandante tem nas costas 11 anos de trabalho com a seleção. Irina tem um bom relacionamento com as meninas e deve dar sequência ao trabalho realizado por seu antecessor.

Depois de tanto trabalho, parece que Ostapenko cansou. Não sei se da ginástica ou de tanta falta de apoio a um trabalho que merece todos os elogios do mundo.

O Brasil era um país sem tradição na ginástica artística a brigar quase de igual para igual com as grandes potências do mundo. E o trabalho disciplinador de Ostapenko redefiniu a história da ginástica feminina no país.

Irina assume num momento ingrato. Nossas melhores ginastas estão prestes a dar adeus e as novatas podem não segurar a onda.

Como não houve tempo do Brasil chegar à consolidação de país formador de ginastas (tempo que não é menor do que duas décadas), tudo pode ir por água, ou melhor, cavalo abaixo.

Boa sorte, Irina. E bom trabalho!