O goleiro do Palmeiras Marcos não tem papas na língua. Em entrevista ao programa da TV Cultura Cartão Verde desta quinta-feira (15), disse o que pensava sobre o que lhe perguntaram, sem a falsidade e o discurso pronto que costuma permear as entrevistas de jogadores.
É verdade que o clima do Cartão Verde ajuda; longe da sisudez e clima de bate-boca que costuma dominar as mesas redondas, o programa beira uma descompromissada conversa de boteco entre o apresentador Vladir Lemos e os comentaristas Vitor Birner, Xico Sá e Sócrates.
Em dado momento, “São Marcos”, como costuma ser chamado por suas defesas salvadoras, aproveitou para dar à imprensa a parte que lhe cabe no latifúndio da violência no futebol. Lembrou que os programas que apontam o absurdo das mortes e outros casos do tipo no futebol são os mesmos que durante a semana inteira ficam insuflando a rivalidade entre os times e as torcidas. Querem ver o circo pegar fogo, mas depois reclamam do incêndio.
É bom que de vez em quando apareça alguém para botar o dedo na ferida. Em meio a tantos discursos protocolares e decorados, são os Marcos, os Muricys e os Netos da vida, entre outros, que surgem para dizer o que todo mundo vê, mas ninguém diz.
Publicado por fernanda em - Palmeiras, Notas de Futebol, Notícias Esportivas em 16 janeiro , 2009