Domingo tem majestoso



São Paulo e Corinthians se enfrentam neste domingo pelo Brasileirão

Domingo tem majestoso. Corinthians e São Paulo jogarão neste domingo pelo Campeonato Brasileiro. O tricolor tenta espantar a crise instalada no Morumbi desde a eliminação na Libertadores e quebrar um tabu que já perdura há nove jogos: vencer o rival do Parque São Jorge.

Chamado de majestoso, o clássico coloca em campo uma rivalidade que há algum tempo ultrapassa as quatro linhas.

Nos últimos anos, divergências entre jogadores e as diretorias dos dois clubes têm ganhado maior destaque que as próprias equipes e suas conquistas.

Entre jogadores, o ex-tricolor Souza e os ex-corintiano Vampeta nutriam uma certa amizade um pelo outro. Mas, com o tempo, as brincadeiras passaram a ser levadas a sério por Souza e os dois acabaram discutindo e resolveram não se falar mais.

Na esfera política dos clubes, os presidentes Andrés Sanches, do Corinthians, e Juvenal Juvêncio, do São Paulo, não conseguem sequer conviver no mesmo espaço. Além disso, o presidente corintiano não perde a chance de fazer piadas e levantar polêmicas contra o clube do Morumbi.

Juvenal, por outro lado, tenta mostrar de todas as maneiras que o São Paulo ainda é um modelo a ser seguido por outros clubes e ignora as inovações e conquistas corintianas desde que Andrés assumiu a presidência.

Os dois dirigentes passaram a “se estranhar” desde que Juvenal, em clássico disputado no Morumbi, em 2009, resolveu destinar apenas 10% da carga total de ingressos do jogo à torcida corintiana. A prática era sugerida pela Promotoria Pública de São Paulo para garantir a segurança nos estádios. No entanto, os dois clubes tinham um acordo verbal de sempre distribuir “de maneira mais justa” as torcidas, o que irritou Andrés Sanches.

O presidente corintiano, desde então, se recusa a alugar o Morumbi para jogos que o Corinthians seja o mandante. Quando tem o mando de campo no clássico, faz questão de seguir a sugestão da promotoria e limita o número de sãopaulinos no estádio.

A rivalidade é algo saudável para o futebol e enriquece o esporte. No entanto, quando ela deixa os gramados e se torna desavença pessoal e desrespeito, isso pode incentivar o ódio entre as torcidas organizadas, que têm um histórico de praticar violência e vandalismo por onde passam.

Andrés e Juvenal, ou melhor, Corinthians e São Paulo, precisam deixar de lado brigas institucionais e diferenças pessoais e aproveitar a rica história que ambos têm para promover o clássico, incentivar a ida do público comum aos estádios e contribuir para que o futebol brasileiro seja cada vez mais empolgante e se torne, efetivamente, profissional.






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